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"Estadual não é obrigação. Obrigação é jogar bem", diz Presidente do Operário

Por: 
Entrevista ao Luciano Shakihama - Jornal O Estado MS
15/02/2019

 

A eliminação na Copa do Brasil, na noite de quarta-feira(13), em Campo Grande, diante do Botafogo da Paraíba, comprovou a diferença que separa os dois times, segundo o presidente do Operário, Estevão Petrallás. Em entrevista a reportagem do Jornal O Estado MS, o dirigente não viu no placar de 4 a 1, no estádio Morenão, um bicho de sete cabeças. E, discorda que o título do Sul-Mato-Grossense seja uma “obrigação” para o time comandado por Arílson Costa.

 

“Obrigação é fazer bom jogos, trabalhar, pagar em dia”, falou o presidente alvinegro. O Galo defende o título e ocupa a sexta posição na tabela, com nove pontos, a quatro do líder Águia Negra, e com dois jogos a menos. “O resultado (ser campeão) é consequência do trabalho”, acrescenta. “Os trabalhos recomeçam nesta quinta à tarde, porque temos jogos domingo às 16hs no estádio Morenão contra o ‘genérico’ (Novo)”, completou Petrallas.

 

Dentro de campo, o presidente do clube deixou claro o apoio ao seu técnico, e mostra-se favorável à mudanças no time. “Cada jogo, tem um estilo diferente, podemos buscar outras formações”, opinou. O dirigente adiantou que pedirá para a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), que os jogos adiados, contra o Urso, em Mundo Novo, e Sete Setembro, também fora da Capital, sejam remarcados para o fim da primeira fase e não em duas quarta-feiras, como reprogramados. Estevão argumenta que os jogos intercalados com as partidas dos fins de semana prejudicam o time fisicamente.

 

 

 

A exatos 13 anos o Galo não participava da Copa do Brasil

 

 

 

Placar demonstra diferença entre os clubes, admite dirigente

 

Sobre o jogo da Copa do Brasil, Petrallás avalia que o favoritismo do Belo, apelido do clube paraibano, foi justificado. “Foi comprovado ontem (quarta), a nossa folha é quase um quarto da deles, e isso mostra o desnível técnico, dá para perceber claramente”, argumentou.

 

Indiretamente, o fato do Operário ficar 13 anos sem jogar o torneio e o sorteio do adversário, que ainda tem a vantagem do empate, pesou negativamente aos operarianos. “O Botafogo é um time hoje da Série C, e quase da Série B. É muito mais estruturado, por mais que o Operário faça um trabalho correto, ainda falta muito”, alega o dirigente.

 

Para Estevão, o clube tem de tirar lições positivas e seguir no trabalho de reestruturação. “Continuar buscando até ter uma qualidade melhor e assim, ficar melhor ranqueado para jogar com vantagem”, diz o presidente do Galo.

 

 

Parte da renda destinada ao clube é pouco mais que custo com a arbitragem

 

Petrallas agradeceu aos mais de 3 mil e cem torcedores que participaram o tempo todo incentivando o time em campo, e viu um jogo equilibrado até a expulsão do atacante Tiago Miracema, ainda no primeiro tempo, quando o jogo estava em 1 a 1.

 

“Foi falta de cuidado dele”, defende o jogador, que viu falha grave do árbitro Sávio Sampaio, do Distrito Federal, ao não expulsar pelo menos um jogador botafoguense, que discutiu agressivamente com companheiro na lateral do campo. “Fez vista grossa, e (o custo da arbitragem) nos custou quase R$ 14 mil”, comentou. Além da eliminação, que custou a premiação da segunda fase de R$ 625 mil, o Operário ficou com R$ 18.654, ou 40% da renda de R$ 46.635. Pelo regulamento, o classificado leva 60%, ou R$ 27.981.

 

O quanto a derrota muda o planejamento para Estadual e o Brasileiro da série D? Nada, afirma o Operário. A meta, segundo Petrallás, é buscar as melhores condições para seguir bem no Sul-Mato-Grossense e, quem sabe, beliscar uma vaga para a Série C. Até o começo do Brasileiro da Quarta Divisão, previsto para começar em maio, não estão descartadas mudanças no elenco.

 

 

 

Para Pretrallás, mandário alvinegro a expulsão prejudicou o Operário no resultado final da partida